A série de TV Game of Thrones foi um dos maiores sucessos da última década, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo e acumulando diversos prêmios. No entanto, como toda produção, a hora de se despedir chegou e a oitava e última temporada da série foi ao ar em 2019.

Embora tenha tido altos índices de audiência, a temporada final da série também foi alvo de diversas críticas de fãs e críticos, que a consideraram apressada ou insatisfatória em alguns aspectos. Além disso, o término da série parece ter tido outro impacto inesperado: a queda das ações de empresas ligadas ao entretenimento.

Empresas como a Time Warner (que detém a HBO, emissora responsável por Game of Thrones), Disney (que é dona da ESPN e da Marvel, entre outras marcas) e a Netflix (que compete diretamente com a HBO em relação a produção de conteúdo original) tiveram uma queda nas ações após o fim da série.

De acordo com especialistas, isso pode ter ocorrido porque investidores ou acionistas estavam contando com a oitava temporada de Game of Thrones para impulsionar os resultados financeiros das empresas. Como a temporada foi decepcionante para alguns espectadores, as expectativas não foram atingidas e as ações caíram.

Essa não é a primeira vez que uma série de TV deixa investidores desapontados. Em 2007, a série de TV Heroes foi cancelada após quatro temporadas, o que levou a uma queda nas ações da NBC Universal. Da mesma forma, em 2015, a queda nas ações da Disney foi atribuída ao fracasso do filme Tomorrowland.

Por mais que seja impossível determinar com precisão a relação entre o desempenho de uma série de TV ou mesmo de um filme e as ações de uma empresa, a verdade é que o mercado financeiro está cada vez mais ligado à indústria do entretenimento. Isso porque, hoje em dia, muitas empresas apostam na produção de conteúdo como uma forma de conquistar consumidores ou gerar receita.

A queda das ações pode não ser a única consequência negativa do fim de Game of Thrones. A série era um fenômeno cultural e social que unia as pessoas em torno de um interesse comum e gerava debates, teorias e até mesmo memes nas redes sociais. Com o fim da série, alguns especialistas temem que essa sensação de comunidade e engajamento possa se dissipar.

No entanto, apesar do crash de tronos, investidores e empresas não devem desanimar. A indústria do entretenimento ainda tem muito a oferecer e novas séries, filmes e produtos podem surgir a qualquer momento para impulsionar o mercado. Além disso, Game of Thrones também deixou um legado positivo, como a popularização de produções televisivas mais complexas e uma nova forma de se consumir cultura pop.

Em suma, o crash de tronos não é apenas uma queda nas ações de algumas empresas, mas também reflete a relação cada vez mais estreita e complexa entre o mercado financeiro e a indústria do entretenimento. Com o fim de GoT, é preciso repensar estratégias e investimentos, mas também reconhecer que essa é apenas uma parte da história. O show ainda tem que continuar.